General Rocha Paiva ressalta que "intervenção militar jamais será uma medida legal"
18/07/2018 | Comunicados
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Delegacia Regional em Uberaba da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg) promove ciclo de palestras ministradas pelo general da reserva do Exército, Luiz Eduardo Rocha Paiva. A apresentação com o tema “Geopolítica Internacional” ocorreu nesta terça-feira (17), no Auditório Cecília Palmério, Campus Centro da Uniube. Hoje, a partir das 19h30, o general discorre sobre “Revolução Socialista Permanente”. Em conversa exclusiva com o Jornal da Manhã analisou o cenário político e revelou suas expectativas para as Eleições 2018.

Para Rocha Paiva, o quadro político do Brasil é consequência de décadas de descaminhos e crises nos valores morais, provocados pelo que ele chamou de ‘movimento socialista permanente’, iniciado em 1922. “Houve várias tentativas de tomar o poder e, desde os anos 60, existe uma estratégia que prega a conquista da sociedade antes de conquistar o poder do Estado. Como as coisas, em estratégia, não acontecem da noite para o dia, isso veio se agravando no Brasil com o domínio dos formadores de opinião na mídia, no meio acadêmico e no meio político, e nós os vimos chegar ao governo, mas não ao poder, com o Partido dos Trabalhadores. Em 13 anos, eles nos afundaram moralmente, politicamente e economicamente”, explica.


Neste sentido, o general da reserva vê a eleição que se aproxima como um momento muito importante para o Brasil, ainda que vivido em meio às incertezas, pois poderá ser o início da recuperação do País. Porém, diante de qualquer reforma a ser empreendida pelo próximo governo haverá reações contrárias. Para Rocha Paiva, o mais importante é que a liderança política dê o exemplo. “Não adianta quererem fazer reforma da Previdência, quando juízes e políticos recebem muito acima do teto. Além dos salários, deputados e senadores recebem uma série de penduricalhos. Os políticos mais caros do mundo estão no Brasil, mas só com exemplo se pode exigir reformas de quem já ganha tão pouco para sustentar a família”, frisa.

Apesar de tudo isso, o general da reserva ressalta que intervenção militar jamais será uma medida legal. Para ele, a que ocorreu em 1964 também não foi legal, mas foi legítima. “Se houver uma nova intervenção militar será porque os três Poderes da União entraram em falência total, a sociedade entrou em caos social e revolução com sangue correndo nas ruas. Assim, é precisi ter uma instituição forte o bastante para restabelecer os Poderes da União e não para assumir o Governo. Não sou a favor da intervenção militar na situação atual, mas se essa crise evoluir para um caos social, com risco de perda da soberania e da integridade territorial, as Forças Armadas têm que intervir para salvaguardar ou recuperar os Poderes da União”, conclui.


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Foto: Jairo Chagas

POSTADO POR
Marcela Pires
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